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Anedotas do Metrô


Hoje, após um longo período, novamente andei no metrô de São Paulo em horário de pico... Até então, estava andando em horários alternativos. Pois bem, resolvi escrever algumas observações muito curiosas que venho colecionando nesses 24 anos de transporte público, afinal, observar é uma das minhas especialidades...
É impressionante a variedade de personalidades, atitudes, fisionomias e interesses distintos que podemos ver nesses trens diariamente. Também, não é pra menos, são aproximadamente 7 milhões de pessoas todos os dias.
Vemos pessoas de tudo quanto é tipo: Tem aquele carinha com a mochila pra frente, que insiste em ficar com ela como se fosse um canguru carregando o filhote, atropelando a cabeça de todos que estão sentados perto dele, e faz como se nada tivesse acontecendo... Daí a gente pensa: "Caramba, se eu tivesse sentada ali, eu ia estar muito brava..."; Tem a tiazinha que não tem 60 anos, mas fica olhando feio pra moçinha sentada no lugar reservado, e essa fica sem graça, olha pra todos os lados, mas não levanta pra dar o lugar pra ela; tem o carinha com o Ipod, boné, mochila e tênis de skatista, parece que não liga pra tudo isso que está acontecendo ao seu redor, esses acontecimentos infinitos que posso observar; tem o cara engravatado, elegante, com aquela pasta na mão, parece que está sempre preocupado com alguma coisa; Tem aquele lazarento que faz questão de ficar na porta, mesmo indo até a última estação, enquanto os outros querem descer, e ele não se toca...; Tem a menina abraçada na mochila dormindo, nem ligando pro que tá acontecendo no trem, com a cabeça encostada no vidro; tem aquela tiazinha que entra cheia de sacola, parece que tá de mudança, e sai atropelando todo mundo que vê pela frente; Tem aquele carinha gatinho, que se acha e nem olha pra ninguém; Tem aquele casalzinho se beijando. Mas não é selinho não, é beijo de língua mesmo, como se não tivesse mais ninguém ali.. É quase uma cena de sexo explícito, que deixa todos constrangidos...; Tem o cara roqueiro, que tá de camiseta preta, calça preta, tênis preto, uns negócio no punho preto, cabelo comprido preto e as vezes unha preta.. Não quero nem pensar o que mais pode estar preto...; Tem a moçinha social, que se veste super bem, e a gente fica se imaginando dentro daquela roupa, daquele jeitinho, com aquele sapato e tudo, e depois vai pro shopping e procura uma roupa parecida com a que viu; Tem aquele monte de gente segurando no ferro, parece até um complô contra a gente, que não deixam a gente segurar de jeito nenhum... E quando consegue aquele espaçinho mínimo, que só cabe os 5 dedos bem juntinhos, parece que cometemos um crime, a garota do lado te olha fuzilando, como se a culpa fosse sua do trem estar cheio daquele jeito; Tem a mulher sentada no lugar preferencial, e fica só olhando a porta pra ver se entra um idoso, e quando entra, ele nem precisa vir pro lado da mulher, ela já tá levantando pra dar o lugar... Aí o lugar fica vago porque ela levantou e ficou com vergonha de sentar de novo; E fora do trem, tem aquela tiazinha que fica atropelando pra subir na escada rolante, parece que a gente é invisível...
Bom, acredito que tem muitas outras coisas a serem observadas diariamente no nosso metrô, e acredito que consegui colocar aqui a experiência de muitas pessoas que andam todos os dias nesse meio de transporte... E, enquanto eu for uma simples mortal, mais histórias estão por vir...

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